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 GRUPOS SANGUÍNEOS 

 Devemos conhecer os grupos sanguíneos, para garantir a doação segura de sangue do doador para o receptor. Que tal aprendermos mais sobre eles? 

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Na espécie humana há diversos sistemas de classificação de grupos sanguíneos. determinados pela presença ou ausência de proteínas/ antígenos,  nas células vermelhas (glóbulos vermelhos/ hemácias). Porém, um dos sistemas mais relevantes para doação e transfusão são 2: o ABO (presença de antígenos A, B ou AB) e RH (classificado conforme a presença ou ausência do antígeno, no caso, o mais comum, "D").

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ABO:

- Grupo (presença do antígeno A)

- Grupo (presença do antígeno B)

- Grupo AB (presença do antígeno A e B)

- Grupo O (conhecido como zero, devido ausência de antígeno A ou B).

Rh:

- Positivo Rh (D) +

- Negativo Rh (D) -

 Há também diversos sistemas e GRUPOS RAROS, entre eles ressaltamos, por exemplo, o falso "O" e o Rh nulo...

Falso "O" ou Bombay

 

As hemácias do individuo Bombay são desprovidas dos antígenos ABH normais e que diferentemente da grande maioria das pessoas, indivíduos “Bombay” não possuem o antígeno “H” comum aos grupos sanguíneos conhecidos (A, B, AB e O).

O indivíduo com sangue "Falso O" acaba tornando-se incompatível com todos os doadores que não sejam “Bombay”. Logo só recebe sangue daqueles que também possuem a mesma característica.

Devido à esta peculiaridade, alguns laboratórios podem identificar incorretamente o fenótipo “Bombay” como sendo um indivíduo do grupo O. Entretanto, devido a um potente anticorpo anti-H produzido por estes indivíduos, testes de compatibilidade apresentam resultados fortemente positivos contra todos os doadores do grupo “O”, daí a expressão “Falso O”

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RH Nulo

O sistema de grupo sanguíneo Rh tem vários antígenos, proteínas que podem levar à formação de anticorpos capazes de interagir com os glóbulos vermelhos. O mais importante deles é conhecido como Rh(D).

Quando se diz que um indivíduo é Rh positivo, quer dizer que a proteína Rh(D) está presente na membrana de suas hemácias. Os indivíduos Rh negativo não apresentam essa proteína específica – mas as hemácias, apesar disso, são normais.

Já os indivíduos Rh nulo, além da ausência do antígeno Rh(D), também não expressam outros antígenos do sistema Rh(e), por isso, padecem de uma fragilidade dos glóbulos vermelhos. Um Rh nulo só pode receber sangue de outro Rh nulo.

 Mas devemos atentar para qual grupo DOA e qual grupo RECEBE de quem...

De modo geral, ao se tratar de transfusão de "Concentrado de Hemácias", produzido a partir do sangue, consideramos o grupo ABO e o fator Rh:

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 Quando se trata de transfusão de "Plasma", também produzido a partir do sangue, consideramos apenas o grupo ABO, devendo ser preferencialmente compatíveis, mas não necessariamente idênticos:

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Compatibilidade+Sanguínea_plasma.jpg

Relacionado a transfusão de outros componentes produzidos, como o "Concentrado de Plaquetas" e o "Crioprecepitado",  consideramos alguns aspectos importantes:

"Concentrado de Plaquetas":

Todos os Grupos ABO

Exceções:

- Respeitar Grupo ABO e Fator Rh (Recém-nascidos)

- Respeitar Fator Rh (Mulheres em idade fértil)

OBS: Deve-se preferir transfusão de plaquetas ABO compatível, porém, se esta não for possível, optar por transfusões de unidades ABO incompatíveis em pacientes que não necessitarão de suporte crônico. O fato de atentarmos para as "exceções" explica-se pela possibilidade de contaminação por hemácias no produto, podendo causar uma reação.

"Crioprecipitado":

Todos os Grupos ABO

Exceções:

- Respeitar Grupo ABO (Recém-nascidos)

OBS: Este contém anticorpos ABO, portanto sempre que possível utilizar componente ABO compatível. Quando não houver disponibilidade de bolsa ABO compatível, todos os grupos ABO serão aceitos para transfusão, exceto em crianças.

 

ATENÇÃO! Critérios podem variar conforme serviço de saúde e decisão médica.

 Você conhece o seu tipo sanguíneo?

Se não, é importante saber, caso um dia você precise ou alguém próximo à você.

Busque uma assistência a saúde, laboratórios e hemocentros,

que poderão te ajudar a descobrir.

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E que tal aproveitar a oportunidade da descoberta para doar sangue?

Seja um herói, e salve vidas com seu gesto de amor!

FONTE:

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia para uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 136 p. : il.

BRASIL. Técnico em hemoterapia: livro texto / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 292 p. : il.

FUNDAÇÃO HEMOMINAS. Componentes e Tipos Sanguíneos. Disponível em: http://www.hemominas.mg.gov.br/doacao-e-atendimento-ambulatorial/hemoterapia/componentes-e-tipos-sanguineos

______________________. O Sangue. Disponível em: http://www.hemominas.mg.gov.br/doacao-e-atendimento-ambulatorial/hemoterapia/o-sangue

FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE. Estudantes. Disponível em: http://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/estudantes.html

MELO E COSTA, C. Breve História da Transfusão: Transfusão de Concentrado Eritrocitário no doente crítico. Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes – Serviço de Sangue do Hospital Dr. Prof. Fernando Fonseca. Amadora, Portugal: 2010. Disponível em: https://repositorio.hff.min-saude.pt/bitstream/10400.10/1278/1/Carolina%20Costa-%20Historia%20da%20transfusao.pdf

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